No artigo desta semana, Ramon Régis, Analista de Desenvolvimento, nos conta sobre sua trajetória profissional, desde a escolha da carreira que gostaria de seguir, etapas e desafios que enfrentou ao longo do caminho e como foi seu percurso e crescimento na BDC. Boa leitura!
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Minha trajetória de carreira começou em 2010, quando eu ainda tinha 16 anos. Havia acabado de sair do ensino médio técnico em informática. Eu ainda era muito inexperiente e não me sentia seguro em sair da minha cidade, Duque de Caxias, para ir estudar em universidades maiores em que havia passado no vestibular, então decidi fazer faculdade de Sistemas de Informação na Unigranrio, uma faculdade particular na região em que eu morava.
O problema de cursar a faculdade particular era o valor elevado das mensalidades. Apesar das limitações financeiras, meus pais sempre me deram bom acesso à educação, no entanto, eu precisava de um emprego para ajudar a pagar pelo curso, o que, para um jovem sem experiência, não era tão simples. Recorri, então, ao colégio técnico onde estudei, e lá tive minha primeira oportunidade de emprego. Fui contratado como Desenvolvedor Flash - sim Flash, aquela tecnologia, hoje obsoleta, que usávamos para joguinhos online, como Pinball ou trocar "roupinhas" de uma Barbie. Este emprego foi muito importante para mim, pois foi aí que eu comecei a desenvolver melhor minha lógica de programação e a aprender assuntos variados, uma vez que eu trabalhava desenvolvendo as próprias apostilas digitais dos cursos do colégio.
Um ano e meio depois precisei me despedir, não estava mais evoluindo tecnicamente e precisava de algo mais imerso à área de tecnologia, então consegui um estágio numa consultoria de software voltada para o ramo imobiliário, que ficava na Tijuca, na cidade do Rio. Foi um cansativo, porém ótimo período na minha vida. Todos os dias eu saía de Caxias, ia para a Tijuca, trabalhava até o fim do dia e voltava pra Caxias para a faculdade. Assim que fiz 18 anos, fui contratado como CLT e, além disso, também prestei com as obrigações militares. Lá eu aprendi a lidar com código e principalmente com pessoas, que convenhamos, são bem mais complexas que a própria tecnologia. Exerci então a função de Full-stack Developer, ou seja, uma pessoa que é capaz de trabalhar tanto no front-end (parte visual das aplicações), quanto no back-end (o maquinário e a lógica por trás das telas). Fiquei ali e aprendi bastante, até que decidi que queria entrar no mestrado.
Em 2014 comecei uma especialização em sistemas de informação na UFRJ a fim de criar novas conexões e aumentar minhas chances de ser aprovado no mestrado. Meses depois consegui entrar numa bolsa de pesquisa, onde conheci a Daniele, que se tornou uma grande amiga. Trabalhamos em uma pesquisa relacionada à automação de teste de software para Siemens Oil & Gas, e logo no final do ano fui aprovado no mestrado. Ficamos naquele projeto uns dois anos até que ela conseguiu uma vaga numa empresa chamada BigDataCorp.
Já estávamos em 2016, dois anos se passaram e, junto, a minha bolsa da Capes também. Eu precisava de um emprego. Conversei com a Daniele (a tal amiga da BDC), e ela me informou que a empresa estava contratando. Fiz minhas apostas e entrei no lugar que eu não fazia ideia que iria transformar minha forma de ver o mundo. Entrei na Big em outubro de 2016, na equipe de Plataforma de Dados, que na época se chamava UpgradeMe (que depois virou BigBoost e que agora é a nossa Plataforma). Lá eu trabalhava principalmente criando e dando manutenção nas APIs que forneciam dados aos clientes. Como a BDC era bem menor na época (éramos 16 pessoas ao todo - somando devs, financeiro, comercial e marketing) eu acabava também me envolvendo na criação de novas capturas e até mesmo no tratamento dos dados, ou seja, tive a oportunidade de me desenvolver também em outras áreas da empresa. Às vezes fazíamos o ciclo inteiro do dado, extração, transformação, carga (ETL - Extraction, Transformation, Loading) e até mesmo a entrega dos dados aos clientes desenvolvendo APIs e aplicações em lote, os batchs.
Na BigDataCorp pude aprender cada detalhe sobre o ciclo dos dados, além de ter a oportunidade de ouvir de perto as necessidades dos clientes e propor soluções criativas que resolvessem os problemas deles utilizando os dados que tínhamos dentro de casa. Era uma vantagem de um escritório pequeno: todo mundo ouvia e se comunicava facilmente com todo mundo. Claro que nem tudo eram flores: muitas vezes era difícil realizar reuniões ou focar em um projeto por conta do barulho que acabava ocorrendo. Tinha gente que ia pro cubículo que chamávamos de cozinha para poder ter paz pra fazer uma ligação, chegamos até a apelidar aquele cômodo de "callzinha". Ao mesmo tempo era positivo porque sempre estávamos a par de tudo o que acontecia e podíamos propor facilmente sugestões para resolver os mais diversos problemas que rolavam.
Do então UpgradeMe-BigBoost passei para a equipe de Quality & Operations. Ali eu consegui entender melhor a mágica que rolava para reunir informações de inúmeros arquivos diferentes e formar os mais variados conjuntos de dados que eram vendidos aos clientes. E quanto dado! Terabytes de dados que eram analisados e extraídos mensalmente de cada banco e também de logs para formar e tratar os dados que eram entregues. Na equipe de qualidade tive a oportunidade de aprender a lidar com arquivos gigantes que nunca encontrei com tamanho igual até hoje. Aprendi a criar indicadores de qualidade para os dados e também a automatizar processos para facilitar as rotinas de criação das bases. Depois de muito aprendizado, tive questões que na época me fizeram optar por deixar a BDC. Com muito choro me despedi da BigDataCorp em 2021. Durante o período fora da BDC, trabalhei em dois outros lugares, apliquei bastante do que aprendi com a Big e aprendi bastante nessas outras empresas, mas existia uma coisa que não se comparava, o sentimento de pertencimento que a BigDataCorp proporciona.
Desde que saí da Big não houve um dia sequer que eu tivesse deixado de falar com meus antigos colegas de trabalho, sei que existe aquele papo clichê e, às vezes, até tóxico de empresas de "somos uma família", mas o ambiente que eu conheci na BigDataCorp não se iguala a nenhum dos lugares por onde passei, lá eu realmente me sentia parte do todo e tinha oportunidade de ser criativo, de errar, de testar coisas novas…
Na BigDataCorp você tem oportunidade de ser criativo, de errar, de tentar coisas novas. Existe aceitação, independente de quem você é. Existem desafios diários como em qualquer empresa, claro, mas você percebe a evolução, seja de si, seja do negócio.
Em 2022 eu retornei a BDC. Muita coisa mudou em um ano e meio fora, a empresa segue crescendo exponencialmente. Meu retorno foi fruto de melhorias que vi na estrutura da organização (que segue em evolução). Quem olha a empresa em 2016 e em 2023 não vê a mesma empresa, mas a essência continua ali. Hoje atuo na equipe de Captura de Dados, gerenciando uma célula que captura e trata dados governamentais. Tem sido um desafio, mas um desafio que sempre sonhei para minha vida profissional, que a Big está proporcionando, além de me apoiar com mentoria e cursos.
A BDC é um lugar que permite crescimento, aprendizado, inovação, criatividade e mudança - eu mesmo já passei por três equipes ao total - e eu amo poder dizer que participei e continuo participando dessa construção e crescimento!
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