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A paternidade na era do home office: um reencontro com meu filho

  • Foto do escritor: Thiago Mello
    Thiago Mello
  • 6 de ago.
  • 2 min de leitura

Gabriel, meu filho de 10 anos, é meu maior amigo. Ele me conhece de verdade, sabe o que penso mesmo quando tento disfarçar. E eu fico muito feliz com isso, porque ele também me permite conhecê-lo: seus medos, seus desejos e, principalmente, seu coração enorme. Essa conexão que temos hoje é um dos maiores presentes da minha vida.


Mas nem sempre foi assim. Durante a maior parte da minha vida, eu fui o que se pode chamar de workaholic. Trabalho desde os 14 anos e cheguei a ter três estágios ao mesmo tempo na faculdade. Se somasse o tempo de todas as minhas atividades, as horas do dia simplesmente não seriam suficientes para o sono. Eu sempre dei um jeito e a carreira sempre foi a minha maior prioridade.


Quando Gabriel nasceu, não foi diferente. Depois de algumas semanas de licença-paternidade, voltei para o meu mundo de trabalho. Dizia que era um pai e um esposo presente para a Patrícia, mas no fundo sabia que era da boca para fora. Eu não estava realmente vivendo com eles.


Um novo capítulo na nossa história


Essa história começou a mudar quando entrei na BigDataCorp. A empresa me permitiu trabalhar a maior parte do tempo em home office, e a consequência foi mágica: comecei a passar mais tempo com a minha família. A pandemia, que nos obrigou a ficar juntos em casa, foi o empurrãozinho final. Foi nesse momento que o equilíbrio se tornou, finalmente, possível.


Hoje não me vejo mais sem a presença do Gabriel. Ele me cobra ser menos workaholic, me ensina a desacelerar e me traz equilíbrio. Adoro quando ele me chama para jogar videogame ou inventar uma brincadeira. Também sou grato à Patrícia, minha esposa, que sempre me cobrou para ser um pai e esposo mais presente.


O home office me deu a oportunidade de ser pai de verdade, não apenas da boca para fora. Ainda tenho muito a melhorar, mas hoje tenho certeza de que o equilíbrio entre a paternidade e a carreira não é apenas possível, é indispensável.


E você, como encontra esse equilíbrio no seu dia a dia? Me conte nos comentários!

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