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Foto do escritorThaís Biancatti

Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Neste artigo especial, Thaís Biancatti, Analista de Marketing, fala sobre a história de uma importante data, 25 de julho - Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que carrega muita história de lutas e desafios. Além disso, traz diversas dicas de eventos culturais, livros e produções audiovisuais sobre o tema. Boa leitura!



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O dia 25 de julho - Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribena - carrega uma história de muita luta, garra e força.


A data teve origem em 1992, quando aconteceu o primeiro encontro de mulheres para discutir e buscar alternativas para combater o preconceito, desigualdade e violência contra a população negra. Juntamente com a ONU, a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, lutou para que o dia 25 de julho fosse reconhecido internacionalmente como o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.



No Brasil, por meio da Lei 1297 de 2014, nesta data é comemorado também o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza se tornou um símbolo da causa, liderando por duas décadas grupos de resistência de negros e indígenas contra a opressão e escravização que ocorriam na época.


Atualmente, a sociedade vem, aos poucos, se desprendendo de velhos preconceitos, no entanto, ainda é muito visível em várias partes do mundo - inclusive do Brasil - que a descriminação e desigualdade contra o povo negro, em especial às mulheres, ainda acontece com frequência e com força. Embora tenhamos progredido frente ao tema, o caminho a ser trilhado para uma sociedade mais igualitária e justa é longo, porém, se cada um de nós fizer sua parte e lutarmos em conjunto contra o racismo e violências que ainda ocorrem, podemos mudar este cenário.


Aqui vão algumas dicas de eventos, exposições, produções audiovisuais e livros para nos inteirarmos mais sobre o tema:


Eventos e exposições:


  • São Paulo: por meio da Prefeitura da cidade, durante esta semana, a cidade de São Paulo contará com diversas atrações, entre elas: Em Busca de Judith com Jéssica Barbosa - Teatro Adulto, na Casa de Cultura Raul Seixas, dia 28/07 às 09h30. As Griots e suas palavras com Camila Araújo - Mediação de Leitura, na Casa de Cultura Raul Seixas, dia 30/07 às 12h. Apresentação de dança Bola do Fogo com a Cia AfroOyá, no Centro Cultural Grajaú, dia 27/07, às 20h. Todos esses encontros são gratuitos e para todos os públicos. Além disso, a cidade contará com apresentações musicais gratuitas durante a semana. No Centro Cultural da Juventude acontecerão shows com os artistas, Sandra Sá + Funk como le Gusta, 29/07 às 12h40, DJ Hum com Expresso do Groove (Lino Krizzi, Tio Fresh, Kaion e Cris SNJ), 29/07 às 15h e Filosofia Reggae e Torya, dia 29/07 às 19h. Já no Centro Cultura Penha, ocorrerá um show de Jurema Pessanha, no dia 29/07 às 20h. A cantora Paula Lima se apresentará na Vila Itororó, no dia 25/07. No mesmo dia, o CCSP recebe show de Linn da Quebrada, como parte do projeto “Terça Maior: o Jazz no CCSP”. Dia 29 contará também com a apresentação de MC Soffia na Casa de Cultura de Santo Amaro. Para finalizar a programação, no dia 30/07, o Centro Cultural Tendal da Lapa receberá shows de Karol Conká e de Preta Batuque.


  • Florianópolis: promovido pela Prefeitura de Florianópolis, a agenda contará com: Roda de Conversa Antonieta e Educação: “Antonieta de Barros: a educação como direito”, Assembleia Legislativa, dia 24/07 às 19h. Já no dia 25, ocorrerão atividades no Auditório da OAB, às 18h. No dia 27/07, no Teatro da Ubro, acontecerá a apresentação "Divas – Noite Para Elas Show Especial em Homenagem às Mulheres Negras Latino Americanas e Caribenhas", às 19h. Para finalizar a programação, no dia 30/07 às 19h, a Assembleia Legislativa promoverá a Roda de Conversa Antonieta e Política.


  • Niterói: a Codim (Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres) organizou a exposição “Presença D’elas: a Potência da Mulher Preta”. Vinte e três moradoras de Niterói foram retratadas por uma equipe inteiramente composta por mulheres negras. A exposição será inaugurada no dia 25/07, terça-feira, em uma galeria ao ar livre em uma das principais avenidas de Niterói, Amaral Peixoto.


  • Maricá: a Prefeitura da cidade está promovendo eventos culturais relacionados ao tema no dia 25, dentre eles: exibição de filmes, abertura da da Feira Afro na Praça Orlando de Barros Pimentel com rodas de conversa e apresentações com as Mulheres da União de Maricá. Além disso, rodas de xirê, capoeira e Jongo acontecerão na Praça do Turismo. Já o Cine Henfil terá um evento especial com roda de jongo, apresentação do Ilê Ayê, com percussão, canto e dança e apresentação do documentário em homenagem ao Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.


  • Sergipe: a Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) promove do dia 25/07 a 14/08, na Galeria de Arte J. Inácio, a exposição ‘Mulher Terra – Origens’, com participação musical da cantora Lari Lima. A mostra reúne obras de 16 artistas que, através de diferentes técnicas e elementos, representam a história e diversidade cultural da população negra no Brasil.


  • Barra Mansa: evento promovido pela Prefeitura da cidade, contará com diversas atrações neste dia 25. Entre elas: atividade feita pelos professores da SMJEL e com a presença da vice-prefeita - Fátima Lima, oficinas de turbantes, feira de artesanato e empreendedorismo e homenagem às mulheres presentes no evento.


  • Salvador: a Sala de Cinema Walter da Silveira preparou uma programação especial, com exibições gratuitas de 25 a 30 de julho. Sessões de curtas-metragens, “Essa Terra é meu Quilombo”, de Rayane Penha, e “Espelho”, de Luciana Oliveira. Além de longas-metragens, “Um dia com Jerusa”, de Viviane Ferreira, e “O caso do homem errado”, de Camila de Moraes.


  • Evento online: o evento “Roda de conversa: Dia da Mulher Negra e Latino-Americana e Caribenha”, ocorre hoje, 24/07, tem início às 19h30 e será realizado na modalidade online. A mediação da conversa será realizada pela professora Rosane Cardoso, e abordará a realidade cotidiana da mulher negra e sua representatividade na literatura contemporânea. O evento será transmitido através do Google Meet e também da plataforma “ao vivo” da Univates. A inscrição pode ser feita no site da Univates, de forma gratuita.


Livros:


  • Úrsula - Maria Firmina dos Reis: Obra inaugural da literatura afro-brasileira, Úrsula é um dos primeiros romances de autoria feminina escritos no Brasil. Maria Firmina dos Reis, mulher negra nascida no Maranhão, constrói uma narrativa ultrarromântica para falar das mazelas sociais decorrentes da escravidão.


  • Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis - Jarid Arraes: Desde 2012, a autora Jarid Arraes tem se dedicado a desvendar a história das mulheres negras que fizeram a História do Brasil. E não bastava conhecer essas histórias, era preciso torná-las acessíveis e fazer com que suas vozes fossem ouvidas. Para isso, Jarid usou a linguagem poética tipicamente brasileira da literatura de cordel.


  • O mundo no black power de Tayó - Kiusam de Oliveira: Tayó é uma menina negra que tem orgulho do cabelo crespo com penteado black power, enfeitando-o das mais diversas formas. A autora apresenta uma personagem cheia de autoestima, capaz de enfrentar as agressões dos colegas de classe, que dizem que seu cabelo é “ruim”.


  • Pretextos de mulheres negras - Organização Carmen Faustino e Elizandra Souza: uma antologia que reúne a escrita poética e autobiográfica de vinte e duas jovens negras, pouco ou quase nada conhecidas – duas estrangeiras, Queen Nzinga (Costa Rica) e Tina Mucavele (Moçambique) – e as demais paulistas.


  • Cartas a uma negra: narrativa antilhana - Françoise Ega: Na França dos anos 1960, meninas e mulheres chegavam às centenas das Índias Ocidentais para serem colocadas como criadas nas casas de famílias burguesas e brancas. Françoise Ega trabalha como empregada doméstica para testemunhar essa exploração imunda. Depois de ler um texto sobre Carolina Maria de Jesus, Ega começou a escrever cartas à autora brasileira. Daí nasce “Cartas a uma negra”, um conjunto de relatos do cotidiano de trabalho e exploração de mulheres negras caribenhas que viviam na França.


Produções audiovisuais:


  • Série de vídeos sobre o tema: esta série de vídeos é composta por diferentes canais que trazem assuntos relacionados à data, como dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo. Clique aqui e confira.


  • Programa de TV na E! Entertainment: no dia 25/07 a partir das 20h30, a programação do canal trará a apresentação do "Especial Mulher Negra", idealizado e comandado pela atriz e cantora Zezé Motta. Com participação de Iza, Luana Xavier e Aisha Jambo, entre outras.


  • Nação: produzido pela TV Brasil, no formato de documentário, o programa Nação apresenta temas relacionados à história, à cultura e à diáspora africana. Clique aqui para assistir aos episódios.


  • Para Garotas de Cor: o filme mostra histórias contadas em poemas adaptados da obra da escritora Ntozake Shange, nome importante do movimento feminista afroamericano nas últimas décadas. As tramas misturam dança, arte e música para colocar no centro as experiências vividas por essas mulheres. Disponível no streaming Telecine.


  • Roxanne Roxanne: a produção narra a trajetória da famosa rapper Roxanne Shante, uma das mais temidas nas batalhas de rap durante os anos 80. Disponível na Netflix.


  • A Cor Púrpura: com dez indicações ao Oscar, ‘A Cor Púrpura’ mostra a evolução de uma mulher que sofreu abusos durante a infância pelo pai e tem que lidar com o autoritarismo do marido durante a vida adulta. É um clássico para a comunidade negra e para o cinema. Disponível no HBOMAX.


  • Estrelas Além do Tempo: Um trio de mulheres afro-americanas, que trabalharam na NASA e ajudaram a lançar com sucesso sua primeira viagem ao espaço nos anos 60. A trama mostra a luta das mulheres contra os preconceitos de gênero e raciais. Disponível no streaming Disney+.


  • Antônia: o filme brasileiro acompanha a história de quatro amigas que moram na região da Brasilândia, bairro na periferia de São Paulo, e estão em busca do sucesso na carreira musical. O quarteto também precisa lidar com uma realidade dura, marcada pela desigualdade social e pelo machismo. Disponível no Telecine.


Esta data, que carrega tanta representatividade e história, deve ser conhecida, disseminada e apoiada por todos. Juntos podemos dar visibilidade, voz e lutar para que, a cada dia, tenhamos um mundo mais justo e menos violento e desigual.


Esperamos que esse artigo, com informações e dicas culturais, chegue em diversas pessoas e que possa, mesmo que aos pouquinhos, apoiar esta luta! Compartilhe com seus colegas, familiares e em suas redes sociais e vamos disseminar o conhecimento!




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