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Foto do escritorPablo Adriano

Vida de Bigger especial mês do Orgulho: Pablo Adriano

No artigo de hoje, especial Mês de Orgulho LGBTQIAPN+, Pablo Adriano, Designer, compartilha sua trajetória de vida, desde sua infância, até chegar aos dias atuais - passando pelas dificuldades que encontrou em seu caminho desde cedo por ser uma pessoa LGBT+, como conseguiu supera-los e quais suas fontes de apoio, que o auxiliaram a ser a pessoa que é. Ainda, nos fala como se apaixonou pela profissão que escolheu, como chegou até a BDC e qual é sensação em trabalhar na empresa e com o time dos Biggers. Quer conhecer mais sobre a inspiradora história de vida de Pablo? Confira o artigo abaixo e boa leitura!



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Olá pessoal! Sou o Pablo, e faço parte do time de Marketing da BDC. Hoje venho compartilhar com vocês um pouco da minha trajetória, enquanto profissional e pessoa LGBTQIAPN+, nesse especial do Mês do Orgulho. Então vem comigo!


Eu nasci na metade da década de 90, em Paracatu, uma cidade histórica no interior de Minas Gerais. Criado pela minha avó e minha mãe, sempre tive presenças femininas fortes em casa - sendo minha avó a principal figura da família. Tive uma infância como qualquer menino de interior: brincava na rua, soltava pipa e sempre gostei muito de desenhar, lápis e papel sempre foram meus objetos favoritos. Mas, para uma criança LGBTQIAPN+, o sentimento de inadequação bate logo cedo, com os primeiros comentários preconceituosos de adultos.


A chegada da internet em minha casa em meados de 2009, marcou a minha adolescência. Até então eu tinha acesso somente a televisão, a qual passava horas em frente consumindo programas e novelas, mas desde sempre observando as publicidades e merchandisings. A brincadeira na rua foi, aos poucos, substituída pela cadeira de frente ao computador. A entrada no mundo digital e a convivência com outras pessoas nas redes sociais, me possibilitaram conhecer e entender novas coisas e, com isso, cada vez mais tive clareza sobre quem eu era.


Mesmo com todo amor envolto em casa, tive dificuldades de aceitação, foi um processo até o entendimento por parte da minha família - hoje eles são meus maiores apoiadores e torcedores. A arte de desenhar e o apreço pela música pop, principalmente as mensagens de encorajamento e aceitação da Lady Gaga, foram o que me fizeram resistir e dizer pra mim mesmo todos os dias: “Eu nasci assim, eu estou no caminho certo e vou me devolver tudo que um dia tiraram de mim”.


Infância, inspirações e apoio familiar de Pablo.


Muitas frases carregadas de estigmas marcam pessoas LGBTQIAPN+, coisas como “se você é gay, precisa estudar para ganhar respeito das pessoas”. Então, desde jovem eu entendia que precisava mudar minha realidade e ganhar respeito. Por estudar a vida inteira em uma escola pública, tive a oportunidade de ingressar no IFTM (Instituto Federal do Triângulo Mineiro - Campus Paracatu) em 2011, onde cursei meu ensino médio aliado a um curso Técnico em Informática. A minha paixão por computadores ganhou uma visão mais técnica, meu conhecimento se aprofundou e foi a base profissional para onde cheguei.


Sabendo que não teria muita oportunidade na minha cidade natal, nem opções de graduações a meu gosto, resolvi procurar por um curso universitário em Patos de Minas, onde encontrei o de Publicidade e Propaganda no UNIPAM (Centro Universitário de Patos de Minas). Em 2017 passei no vestibular, porém não tinha dinheiro para pagar o curso, por isso batalhei - e felizmente consegui - a única vaga que tinha para o FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior). No ano seguinte alcancei também uma vaga para o PROUNI (Programa Universidade para Todos), o que me isentou de pagar o restante do curso. O apoio financeiro da minha família nos primeiros anos e a oportunidade de educação oferecida mudou minha realidade enquanto LGBTQIAPN+, me tirando das estatísticas negativas.


A época da minha graduação me trouxe muitos ensinamentos e oportunidades de trabalho, me tornei visto pela cidade e trabalhei nas principais agências publicitárias de Patos de Minas, além de sempre fazer freelas, até mesmo para outros países. Além disso, foi nessa mesma época que encontrei meu grande amor, o Yan, que se tornou meu namorado e hoje é meu marido e também parceiro de trabalho.


Pablo e seu marido e parceiro de vida, Yan.


Após a conclusão da minha graduação, foquei totalmente no trabalho, aumentei minha experiência, conhecimento através de cursos e continuei a jornada como Designer, trabalhando com branding, identidade visual, redes sociais e design gráfico no geral. Foi então que, em 2023, encontrei uma oportunidade na BigDataCorp. O sentimento de que algo bom viria já bateu na hora, junto com a ansiedade da expectativa de ser escolhido. Quando recebi a notícia de que tinha dado certo eu vibrei muito! O ano me proporcionou grandes aprendizados profissionais e além disso me fez ver como o ambiente da BDC é inclusivo e diverso, me senti seguro e aceito por toda equipe.


Pablo trabalhando na BDC e sua equipe, Leandra, Natalia e Thaís.


Hoje, olho para trás e vejo aquela criança tímida e ansiosa que fui, com o sentimento de que faltava algo, e se eu pudesse à diria: “Um dia você vai se sentir pleno por quem você é, tudo que você achou que estava errado em você, era simplesmente sua maior essência”.


Nenhuma criança, adolescente, adulto ou idoso deve ser julgado pela sua sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero, ou qualquer outra característica. Infelizmente o Brasil é o país que mais mata LGBTQIAPN+ no mundo. Precisamos mudar a realidade de toda criança que hoje tem medo, se sente inadequada, sofre preconceito ou violência. A chave sempre foi o apoio familiar, a educação e políticas inclusivas. Por isso, acredito que todos nós, sendo ou não parte da comunidade, precisamos nos unir e lutar contra o preconceito e discriminação, em prol de um mundo mais igualitário, respeitoso e que proporcione os direitos básicos a todos os indivíduos.


Juntos, seremos sempre mais fortes!


“Se você tem um sonho, lute por ele. Existe uma disciplina. Não é sobre quantas vezes você foi rejeitado, caiu e teve que levantar. É quantas vezes você fica em pé, levanta a cabeça e segue em frente”. Lady Gaga - Oscar 2019.




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